Por Isis Dias, 9°ano (2021)
Estando diante de uma realidade em que a violência contra mulheres é constante, sabemos que o certo a ser feito é lutar para que isso acabe. Devemos ter consciência que, sobretudo, o ato de violência é extremamente errado e aqueles que o praticam devem ser julgados e condenados por suas ações.
No entanto, não seria correto afirmar que a sociedade em que vivemos é completamente capaz de reconhecer o quão sério é esse problema. O Brasil parece ter se acostumado com o fato de que inúmeras mulheres sofrem diariamente com abusos e agressões, a cada minuto, como se esse fosse um assunto que facilmente pode ser ignorado. Quando, na verdade, não deveria ser.
Segundo dados publicados no Mapa da Violência em 2012, durante 30 anos entre 1980 e 2010 mais de 92.000 mulheres foram mortas no Brasil. E, considerando que o número de mortes naquele período aumentou de 1.353 para 4.456 (representando um aumento de 230%), como estariam esses dados agora, uma década depois?
A sociedade brasileira baseia-se no machismo, racismo e preconceito. É uma questão estrutural, relacionada a história do país, e não pode ser apagado dela. E, apesar de terem conquistado seus direitos após muitos anos de injustiça, as mulheres ainda são claramente vítimas da desigualdade social.
Outros dados afirmam que, com base na lei Maria da Penha, mais de 330 mil processos foram instaurados aos 52 juizados e varas especializados em Violência Doméstica e familiar contra a Mulher, entre setembro de 2006 e março de 2011.
Com o tempo, leis foram criadas para proteger a mulher da violência e do feminicídio e, por isso, são leis de grande importância. Contudo, o machismo é a raiz do feminicídio e a desigualdade continua a existir. Dessa maneira, devemos, o quanto antes, lutar. Lutar pela paz em meio a um país como este.