Limites: entre a Estética e a Saúde

Eterna juventude

Por Izabelly Ferreira de Morais, 9º ano A

“Eterna juventude, eterna juventude, Pele macia de bebê se transforma em couro Não seja dramática, é só um pouco de plástico Ninguém irá te amar se você não for atraente. Me diga É verdade que a dor é beleza? Um novo rosto vem com garantia? Um rosto bonito vai tornar as coisas melhores?”

Com essas palavras a cantora e compositora Melanie Martinez nos faz refletir. Será que o que me incomoda no meu corpo, vai deixar de incomodar caso eu o mude? A indústria da beleza está em alta. A estética e as cirurgias plásticas também, todas elas vêm com uma promessa no final de seu panfleto. Resultado: autoestima.

Modelos posam o tempo todo, em todo lugar. Elas ditam com seus corpos magros, cabelos longos, olhos claros, bocas carnudas o que é belo e o que um homem procura. Nós mulheres somos cobradas de uma perfeição exagerada. A mídia nos impõe com mensagens subliminares o que devemos ser. Estamos sempre nos comparando com pessoas esteticamente perfeitas. “Se não gosto de algo no meu corpo, eu posso muda- lo. Estou mudando por mim” Quantas vezes repetiremos este “estou mudando por mim”?

Inseguranças apenas se acumulam como uma bola de neve, “e no final será que o seu rosto ainda estará inteiro?” Tantos modismos o tempo todo, tantas tendências, mas as modas vão embora, as tendências mudam. Até quando o que achamos bonito hoje, continuará sendo bonito? Todos nós estamos submissos à mídia, submissos aos padrões impostos por ela.

Falsas soluções como cirurgias plásticas e dietas absurdas podem parecer convidativas, mas quem decide se são ou não, é você. Desconstruir- se a ponto de não se importar é possível. Você só precisa do seu próprio amor. Não é dependente de nenhum outro. Torne verdade que saúde emocional e física vale muito mais a pena do que a estética. A insegurança se desenvolve e envolve muitas pessoas, mas só você pode convencer -se de que não precisa dela.

O Grande padrão

Por Evelyn Araújo dos Santos, 9º ano

Desde que somos pequenas somos forçadas a entrar em um padrão por todos a nossa volta e, principalmente, as mídias sociais. É como se fossemos forçadas a ser quem não somos, criar uma versão mentirosa de si mesmo, e se não, somos rejeitados por todos. E, às vezes, uma rejeição de um amigo ou qualquer pessoa pode levar a uma coisa bem mais séria como a depressão ou até o distúrbio alimentar.

Para algumas meninas é como se todos a sua volta estivessem julgando-a tipo “Não faça isso “, “Não coma isso “, “Não seja assim”. Hoje em dia não existe um meio termo, se você não está dentro estereótipo de beleza imposto por todos ou você é chamada de “magrela desnutrida” ou é chamada de “gorda feia”, então, por mais que muitas pessoas lutem para isso não acontecer “A beleza dói” (música da Beyoncé), e também não podemos esquecer como as mulheres são difamadas pelos homens, isso é uma coisa que vivemos todos os dias; já se tornou rotina os homens falarem do seu tipo de corpo, do seu cabelo, da sua cor, e do seu jeito.

Isso acontece com tanta frequência que algumas pessoas já se acostumaram a ser taxadas, julgadas e descriminadas pela aparência. E por conta desse tipo de comentário (que, sim, afeta o nosso interior), muitas mulheres fazem cirurgias plásticas para ficarem “perfeitas”. “A perfeição é a doença da nação” (música da Beyoncé).

  Muitas vezes a mulher é linda e muda tudo nela só para agradar alguém que quer que ela seja a “Barbie humana “. A mídia penetra em nossa mente uma mensagem totalmente distorcida do que pedemos ser e todos os dias vemos uma luta humana de mulheres e adolescentes se matando para atingir o inatingível. Padrões impostos pela sociedade, e essas mesmas mulheres e adolescentes virando escravas da beleza. Mas, devemos ser o que quisermos, porque somos mulheres livres, livres para fazermos o que quisermos, então, vamos quebrar esses paradigmas de que temos de ser o que as pessoas querem.

REFERÊNCIAS:

Música: pretty hurts http://www.observatoriodaimprensa.com.br/diretorioacademico/_ed794_o_padrao_de_beleza_imposto_pela_midia/