O feminismo pode ser um abuso psicológico?
Nicolas Estancio, 9º ano
O feminismo é a luta das mulheres para que elas tenham direitos iguais aos homens. Essa luta existe desde o século XVIII, nessa época a luta era pelos direitos de voto, de acesso à educação formal e a direitos trabalhistas. Com o passar do tempo tudo isso se reformulou para outros direitos a ser conquistados.
Mas eis a questão: é necessário citar a causa para defender o direito das mulheres? Até que ponto é necessário citar a causa para defender os direitos das mulheres? E até que ponto deixa de ser um apoio a causa e se mostra como um abuso psicológico?
Não é muito difícil achar uma pessoa que tem um posicionamento contra o feminismo, e que tem uma visão destorcida do mundo, e por isso é necessário dizer a essas pessoas que o mundo mudou e que esse comportamento não é aceito pela sociedade atual como, por exemplo, o que o comentarista da Jovem Pan Sports disse em transmissão ao vivo em um jogo do Brasileirão.
-“Daniel Campelo, eu estou percebendo que as mulheres estão dominando a arbitragem no futebol brasileiro, o que você acha?”
-” Eu não acho uma boa não, mulher deve tomar conta da casa, do marido e dos filhos.”
Nessa frase se diz a resposta para a segunda pergunta proposta em nossa introdução. Em uma rádio tão influenciadora como a Jovem Pan, é um descuido deixar que um ser humano fora do tempo em que vive passe sua ideia de “mulher ideal” para outras pessoas que estejam ouvindo durante a transmissão. Como diz a apresentadora de TV, Titi Müller, defensora dos direitos das mulheres “Ás vezes falta oportunidade de debater e dialogar para desconstruir. Eu acho importante falar isso ao vivo, porque parece que quebrou uma tela da internet“, ela diz que ao vivo a mensagem pode de alguma forma “quebrar” a 4° parede, então tanto as mensagens boas quanto as ruins podem ser passadas com melhor entendimento para quem ouvir a rádio naquele momento.
Imaginem uma mulher que trabalha em um escritório só de homens, ela foi demitida, pois não fazia o trabalho da forma correta, quando foi demitida disse para o seu chefe que aquilo era machismo, porque ela era a única mulher do escritório, e logo continuou xingando o chefe e dizendo que ele era machista, esse é um exemplo de uso próprio da causa feminista, e no final das contas ela era a opressora que o xingava e chamava ele de machista.
A partir do momento em que a causa é utilizada para benefício próprio, e muda a ideia da vítima e do opressor, esse é visto como um abuso psicológico.